
FOTO:JÔ FOLHA
PRAÇAS E PRÉDIOS PÚBLICOS SÃO OS MAIORES ALVOS
Está lá na definição do verbo "pichar": é o ato de escrever ou rabiscar sobre muros, fachadas de edificações, asfaltos de ruas ou monumentos. Mesmo sendo considerado crime ambiental e vandalismo pela legislação brasileira, a pichação ainda causa danos, principalmente na cidade do Rio Grande.
Praças, prédios públicos e até o Canalete da rua Major Carlos Pinto, em todos os lugares é possível encontrar rastros de pichadores, que fazem do vandalismo um estilo de vida. Diferente do grafite, que é considerada uma arte de rua, a pichação pode render punição aos seus praticantes, com pena estabelecida de três meses a um ano de reclusão. Embora também expresse sentimentos e lutas sociais, na pichação também estão inclusos palavrões e desenhos obscenos. Além disso, o grafiteiro "expõe" sua arte apenas em locais previamente definidos e autorizados, enquanto a pichação está por toda parte, e é isso o que leva prejuízos ao poder público.
De acordo com o secretário responsável pela Secretaria de Controle e Serviços Urbanos de Rio Grande, Wainer Flores, somente no ano de 2013 foram gastos mais de R$ 10 mil com tintas para recuperar praças que sofreram com o vandalismo dos pichadores. A secretaria é responsável pela manutenção das praças, que diariamente são alvos de novos desenhos e palavras em bancos e monumentos.
Atualmente, a praça Tamandaré possui dois trabalhadores que tomam conta apenas da manutenção da pintura danificada. A dupla está há dois meses no cargo e, segundo Flores, tem bastante trabalho. "Todas as manhãs eles limpam, passam tinta, mas no outro dia já tem mais para limpar", afirma. Já na praça Xavier Ferreira, a situação é ainda mais preocupante: todos os bancos em volta do chafariz e o próprio chafariz estão pichados, seja com poesias, pensamentos, desenhos ou palavras de ordem que clamam por mudanças sociais. Até a famosa réplica da Estátua da Liberdade foi danificada. Após os protestos em junho de 2013, a situação ficou ainda mais alarmante. Segundo o secretário, toda pintura foi refeita três vezes no ano passado.
INFORMAÇÕES: CAMILA COSTA
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