FOTO: INFOCENTER DP
PREFEITO VILSO DIZ QUE DECISÃO DA CÂMARA FOI POLÍTICA
O prefeito de Piratini,
Vilson Gomes (PSDB), perdeu os direitos políticos por oito anos na
última terça-feira (21) após as contas da gestão municipal de 2012 serem
rejeitadas pela Câmara de Vereadores em sessão extraordinária que deu
manutenção ao parecer do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RS). Sem
estar presente na votação e depois de enviar um advogado, Gomes concedeu
entrevista coletiva às rádios da cidade e garantiu que irá recorrer da
decisão. Ele classificou o ato como político e afirmou acreditar na
Justiça.
"Eles só rejeitaram porque eu não tive
advogado no dia que foram avaliadas. Nos anos de 2011 e 2012 minhas
contas correram à revelia. Eu não tive defesa alguma pois o vereador que
ficou de fazer minha defesa não a fez. Se eu tivesse um advogado,
minhas contas teriam sido aprovadas", afirmou o prefeito.
Segundo Vilson as contas foram
rejeitadas "tecnicamente" pois "elas não deram prejuízo ao erário", como
diz a sentença do próprio tribunal. "Não tenho que devolver dinheiro
aos cofres públicos. Nos outros anos aprovaram as contas e em 2012 não.
Pouco tempo atrás a bancada do PMDB tinha ido contra o parecer do TCE,
ou seja, dois pesos e duas medidas. No mínimo que exige é coerência das
coisas e isso não houve ", disse.
No final da coletiva, o prefeito deixou
um recado aos seus eleitores garantindo que irá recorrer. "Eu acima de
tudo acredito na Justiça. Quero que a população fique tranquila e tenha
consciência que está com um prefeito que não se tornará inelegível",
afirmou.
Permanência no cargo
Mesmo perdendo os direitos políticos por oito anos, Vilson Gomes segue no comando de Piratini. Ele se torna um "ficha suja" para as próximas eleições. A decisão de cassação de mandato ficaria por conta do Ministério Público, caso este julgue necessário abrir uma ação civil pública contra o tucano.
INFORMAÇÕES: VINÍCIUS GUERREIRO
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