sexta-feira, 24 de julho de 2015

PREFEITO DE PIRATINÍ PERDE SEUS DIREITOS POLÍTICOS MAS DIZ QUE VAI RECORRER DA DECISÃO

Tucano considerou o resultado da votação na Câmara como decisão política (Foto: Infocenter DP) 
FOTO: INFOCENTER DP
PREFEITO VILSO DIZ QUE DECISÃO DA CÂMARA FOI POLÍTICA

 O prefeito de Piratini, Vilson Gomes (PSDB), perdeu os direitos políticos por oito anos na última terça-feira (21) após as contas da gestão municipal de 2012 serem rejeitadas pela Câmara de Vereadores em sessão extraordinária que deu manutenção ao parecer do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RS). Sem estar presente na votação e depois de enviar um advogado, Gomes concedeu entrevista coletiva às rádios da cidade e garantiu que irá recorrer da decisão. Ele classificou o ato como político e afirmou acreditar na Justiça.

"Eles só rejeitaram porque eu não tive advogado no dia que foram avaliadas. Nos anos de 2011 e 2012 minhas contas correram à revelia. Eu não tive defesa alguma pois o vereador que ficou de fazer minha defesa não a fez. Se eu tivesse um advogado, minhas contas teriam sido aprovadas", afirmou o prefeito.

Segundo Vilson as contas foram rejeitadas "tecnicamente" pois "elas não deram prejuízo ao erário", como diz a sentença do próprio tribunal. "Não tenho que devolver dinheiro aos cofres públicos. Nos outros anos aprovaram as contas e em 2012 não. Pouco tempo atrás a bancada do PMDB tinha ido contra o parecer do TCE, ou seja, dois pesos e duas medidas. No mínimo que exige é coerência das coisas e isso não houve ", disse.
No final da coletiva, o prefeito deixou um recado aos seus eleitores garantindo que irá recorrer. "Eu acima de tudo acredito na Justiça. Quero que a população fique tranquila e tenha consciência que está com um prefeito que não se tornará inelegível", afirmou.

Permanência no cargo

Mesmo perdendo os direitos políticos por oito anos, Vilson Gomes segue no comando de Piratini. Ele se torna um "ficha suja" para as próximas eleições. A decisão de cassação de mandato ficaria por conta do Ministério Público, caso este julgue necessário abrir uma ação civil pública contra o tucano.

INFORMAÇÕES: VINÍCIUS GUERREIRO

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