
FOTO: CRISTIAN IEPSEN
PIQUETE ATUA NA PRESERVAÇÃO DA HISTÓRIA E CULTURA DA MULHER GAÚCHA
Fortes e corajosas. Assim são tantas as mulheres da história do Rio
Grande do Sul e assim são tantas mulheres de hoje em dia. Tantas, como
as integrantes do Piquete Mulher Gaúcha de São Lourenço do Sul, que
dividem o tempo entre trabalho, família e a cultura gaúcha.
Com o objetivo de valorizar a cultura e justamente a mulher corajosa e
forte que compõe a história do Estado, as lourencianas fundaram em 3 de
abril de 2010 o piquete que atualmente tem 30 integrantes, além de
cinco crianças. A fundação do grupo foi após rompimento com o antigo
piquete Anita Garibaldi. Na época, o grupo de danças do piquete foi
desmembrado, fazendo com que as componentes fundassem o Mulher Gaúcha,
que nasceu junto do mais significativo momento para a mulher. “Eu estava
grávida, internada no hospital e as componentes do grupo foram todas
para lá e foi dentro do hospital que resolvemos fundar o piquete”,
lembra Taila Jacobsen Serpa. Elas agilizaram tudo para uma apresentação
que estava marcada com o antigo grupo e assim surgiu o Mulher Gaúcha,
hoje reconhecido e respeitado na comunidade. “Para nós, estes momentos
foram bons, só vieram mais pessoas boas, gente com vontade de
trabalhar”, avalia Taila. Colega na fundação, Maiara Peres complementa a
amiga: “Isso foi o melhor que poderia nos acontecer”.
O grupo é conhecido por belas apresentações que dão destaque para a
mulher “É sempre uma música na voz de uma mulher, sempre algo que
traduza a alma da mulher gaúcha, forte e corajosa”, diz Taila. Além
disso, elas integram-se a outras várias ações na comunidade, assim como
na Semana Farroupilha do CTG Galpão da Peonada, que desde o início as
acolheu. E estas mulheres colocam a mão no trabalho pesado. Pregam,
serram, martelam, tudo para preparar cenários e adereços para as tão
aplaudidas apresentações.
Este ano, com o cancelamento do Desfile Farroupilha para evitar a
proliferação do Mormo, elas novamente estão prontas para fazer história.
Junto de dois outros piquetes, o Sem Frescura e Casa Nova, preparam um
desfile a pé, para a manhã do 20 de setembro. “Não é o dia do cavalo, é o
dia do gaúcho. E gaúcho também anda a pé. Não podemos deixar passar em
branco”, diz Taila.
INFORMAÇÕES: JORNAL TRADIÇÃO
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