ILUSTRAÇÃO: tribunadaconquista.com.br
RELÓGIOS DEVERÃO SER ALTERADOS A MEIA-NOITE DESTE SÁBADO
Quando os ponteiros marcarem a
meia-noite deste sábado (18) é o momento de voltar os olhos ao relógio e
adiantá-lo em uma hora. A chegada do terceiro domingo de outubro marca o
início do horário de verão 2014/2015, que se estende até 22 de
fevereiro do ano que vem. Para a Região Sul, a expectativa é de que o
período gere uma economia no consumo de energia elétrica de 5,1% nos
horários de pico. A média é superior à prevista nacionalmente, de 4,5%. O
motivo está justamente no clima que dá as boas-vindas à mudança: os
altos índices de chuva de Pelotas e região.
Para aqueles que são mais suscetíveis à
modificações na rotina, os sintomas que o horário de verão pode trazer,
como cansaço, falta de atenção e sonolência, devem desaparecer em até 15
dias. Em outros casos, o período de adaptação pode ser um pouco maior.
Inclusive, para alguns, pode nunca acontecer. Isto porque esta adaptação
é inteiramente pessoal e influenciada por fatores psicológicos e
fisiológicos, explica o médico e professor de fisiologia da Universidade
Católica de Pelotas (UCPel), Sérgio Falk.
À parte dos benefícios e malefícios
percebidos pelo corpo humano, o maior ganho ainda é o percentual de
energia economizado nesta época. O diretor de distribuição da Companhia
Estadual de Energia Elétrica (CEEE), Guilherme Barbosa, afirma que no
horário de pico, entre as 19h e 21h, o consumo energético no inverno é,
em média, de 4 mil megawatts. No verão este valor chega a ser de 6
megawatts. E vem aumentando com o passar dos anos, diz Barbosa. O
consumo de energia, apenas no mês de fevereiro, por exemplo, é hoje 70%
maior do que era em 2000. Com as temperaturas médias elevando-se um
pouco mais a cada ano e, no mesmo ritmo, o uso de resfriadores, sem o
horário de verão, haveriam graves problemas de abastecimento energético,
afirma o diretor.
Em termos de Brasil, a economia
proporcionada pela mudança deverá ser de R$ 278 milhões. O valor é
inferior ao registrado no período 2013/2014, que foi de R$ 405 milhões. A
justificativa, de acordo como Ministério de Minas e Energia, é de que
este ano as chuvas foram poucas, o que eleva o uso de energia gerado
pelas usinas. Como o panorama não se aplica ao Rio Grande do Sul,
principalmente à região de Pelotas, a previsão é de que as chuvas
registradas até então estejam garantindo um verão praticamente sem
problemas de distribuição de energia elétrica. Algo positivo em relação
ao verão passado, apontado por Barbosa como atípico, devido à série de
temperaturas altas registradas diariamente. "Foi a maior demanda
energética da história do Estado. Para este ano estamos mais
preparados." O maior registro foi de um consumo de 692 mil megawatts.
Ao todo,
serão 126 dias de duração. Além da Região Sul, o Sudeste e o
Centro-Oeste também adiantam os relógios neste sábado. No Norte e
Nordeste o horário não é empregado, pois há uma maior luminosidade
durante o ano todo.
INFORMAÇÕES: RAFAELLE ROSS
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