sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

CONTINUA PARALISAÇÃO DOS CAMINHONEIROS NA ZONA SUL

Caminhoneiros chegam ao quarto dia de greve (Foto: ) 
COM A PARALISAÇÃO,COMEÇAM A FALTAR COMBUSTÍVEIS E ALIMENTOS

Com a divulgação do acordo entre representantes dos caminhoneiros e o governo federal, a população esperava ver o fim do movimento de greve da categoria em todo país. No entanto, nem todas as lideranças concordaram com as medidas negociadas. Seis estados ainda apresentaram bloqueios e manifestações: Ceará, Mato Grosso, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Em Pelotas, a crise de abastecimento de combustível se agravou, resultando na diminuição de horários no transporte coletivo e nos serviços municipais, como agentes de trânsito e recolhimento de lixo.

Buscando minimizar os efeitos dos bloqueios de cargas, a Justiça Federal do município determinou, em medida liminar, a passagem de veículos de combustível e leite. Foi estipulada multa de R$ 5 mil por caminhão impedido de prosseguir. No entanto, não há garantias de que as sentenças serão acatadas pelos manifestantes. As incertezas ainda incluem o número de trabalhadores parados e os impactos sobre outros setores da economia local, como comércio, correios e distribuição de medicamentos.

Durante a quinta-feira, nove trechos das rodovias pela Zona Sul tiveram manifestações. Na BR-116, nos quilômetros 389, 397 e 401, em Camaquã, e no 454 e 465, em São Lourenço do Sul. Em Pelotas, a BR-116 teve protestos nos quilômetros 481 e 529 e na BR-392, no quilômetro 66. De acordo com a 7ª Delegacia da PRF, um bloqueio de caminhoneiros foi desarticulado no quilômetro 125 da BR-392, em Candiota. Em outro ponto da mesma estrada, no quilômetro 74, três pessoas foram presas por atos de vandalismo e apedrejamento de caminhões.

Embora o fluxo de veículos esteja liberado desde a determinação judicial, os trabalhadores mantêm a paralisação. O Rio Grande do Sul é o estado com mais interdições ou atos, abrangendo no mínimo 32 trechos, segundo o último boletim da PRF. As lideranças gaúchas estão mais afinadas ao Comando Nacional do Transporte (CNT), órgão que não participou da rodada de negociações com o governo federal. Liderado por Ivar Schmidt, o CNT luta principalmente pela redução do valor do diesel, pauta considerada fora do debate pela Presidência da República.

INFORMAÇÕES E FOTO: CAROLINA MARASCO

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