FOTO: AUGUSTO PINZ
EM MUITOS CASOS,FURTOS OCORREM LOGO APÓS ACIDENTES
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Polícia Civil investigam grupos
de ladrões, que começam a agir nas estradas do Sul do Estado de olho nas
milhões de toneladas de soja transportadas para o Porto do Rio Grande.
As táticas usadas pelos bandidos vão desde colocar obstáculos ou óleo na
pista, até abrir os compartimentos de carga para forçar o derramamento
de grandes quantidades de grãos.
Uma dessas ações criminosas, aliás, pode ter causado o acidente que
matou o empresário José Costa Almeida, 54, na manhã de segunda-feira no
quilômetro 119 da BR-392, entre Canguçu e Morro Redondo. A desconfiança
surge a partir do momento que os policiais rodoviários encontraram uma
considerável quantidade de óleo diesel derramado na estrada. Acredita-se
que o produto possa ter sido espalhado naquele ponto - uma curva
acentuada - para forçar a derrapagem de alguma carreta carregada com
soja e, desse modo, facilitar o saque do grão, cuja saca de 60 kg está
cotada em R$ 62,00 no Rio Grande do Sul.
A delegada da Polícia Civil em Canguçu,Paula Vieira Garcia, diz
trabalhar com várias alternativas para tentar explicar a batida entre o
carro de Almeida e o caminhão guincho, entre as quais a chuva, o excesso
de velocidade e os perigos próprios do trecho conhecido como "curva da
morte". Paula, no entanto, confirma a existência de investigações para
apurar tentativas e furtos de cargas de soja. "O número de casos está
dentro da normalidade e estamos investigando todos", frisa.
Caminhoneiros acostumados a cruzar a BR-392 rumo ao porto, ouvidos pela
reportagem, confirmaram casos nos quais pedras e galhos de árvores foram
colocados sobre a pista, nos arredores de Morro Redondo, para tentar
forçar uma parada ou até causar um acidente. "Não é algo usual, mas
acontece", disse um deles.
INFORMAÇÕES: AUGUSTO PINZ
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